Finance a você mesmo
Dinheiro externo é o plano B
A primeira prioridade de muitas startups é adquirir financiamento de investidores. Mas lembre-se, se você recorrer a fontes externas para financiamento, também terá que responder a eles. As expectativas são elevadas. Os investidores querem seu dinheiro de volta — e rapidamente. O triste fato é que capitalizar muitas vezes começa a ser mais importante do que construir um produto de qualidade.
Hoje em dia, não é preciso muito para começar. O hardware é barato e muitos softwares de infraestrutura excelentes são de código aberto e gratuitos. E paixão não tem preço.
Então faça o que puder com o dinheiro que tem em mãos. Pense bem e determine o que é realmente essencial e do que você pode abrir mão. O que você pode fazer com três pessoas em vez de dez? O que você pode fazer com $20 mil em vez de $100 mil? O que você pode fazer em três meses em vez de seis? O que você pode fazer se manter seu emprego e desenvolver seu aplicativo nas horas vagas?
Restrições forçam a criatividade
Operar com recursos limitados forçará você a lidar com restrições mais cedo e intensamente. E isso é bom. Restrições impulsionam a inovação.
Restrições também forçam você a colocar sua ideia em prática mais cedo do que tarde — outra coisa boa. Um ou dois meses depois de começar, você já deve ter uma boa ideia se sua proposta tem potencial ou não. Se tiver, em breve você será auto-sustentável e não precisará de dinheiro externo. Se sua ideia for um fracasso, é hora de voltar para a prancheta. Pelo menos você sabe agora, ao invés de meses (ou anos) depois. E pelo menos você pode sair facilmente. Planos de saída se tornam muito mais complicados uma vez que investidores estão envolvidos.
Se você está criando software apenas para ganhar dinheiro rápido, isso será notado. A verdade é que um pagamento rápido é bastante improvável. Então foque em construir uma ferramenta de qualidade com a qual você e seus clientes possam conviver por muito tempo.
Dois caminhos
[Jake Walker começou uma empresa com dinheiro de investidor (Disclive) e outra sem (The Show). Aqui ele discute as diferenças entre os dois caminhos.]
A raiz de todos os problemas não foi levantar dinheiro em si, mas tudo que veio com isso. As expectativas são simplesmente mais altas. As pessoas começam a receber salários, e a motivação é construir e vender, ou encontrar alguma outra maneira para os investidores iniciais recuperarem seu dinheiro. No caso da primeira empresa, simplesmente começamos a agir como se fóssemos muito maiores do que éramos — por necessidade...
[Com The Show] percebemos que poderíamos entregar um produto muito melhor com menos custos, apenas com mais tempo. E apostamos um pouco do nosso próprio dinheiro que as pessoas estariam dispostas a esperar por qualidade em vez de velocidade. Mas a empresa permaneceu (e provavelmente continuará a ser) uma operação pequena. E desde aquele primeiro projeto, temos sido totalmente auto-financiados. Com apenas um pouco de criatividade nos termos de nossos fornecedores, nunca realmente precisamos colocar muito do nosso próprio dinheiro na operação. E a expectativa não é crescer e vender, mas crescer pelo bem do crescimento e continuar a se beneficiar financeiramente.
—Um comentário de Signal vs. Noise