Qual é o seu problema?
Construa software para você mesmo
Uma excelente maneira de construir software é começar resolvendo seus próprios problemas. Você será o público-alvo e saberá o que é importante e o que não é. Isso te dá uma grande vantagem para entregar um produto incrível.
A chave aqui é entender que você não está sozinho. Se você está enfrentando esse problema, é provável que centenas de milhares de outras pessoas estejam no mesmo barco. Aí está o seu mercado. Não foi fácil?
O Basecamp originou-se de um problema: Como uma empresa de design, a 37signals precisava de uma forma simples de comunicar sobre projetos com clientes. Começou fazendo isso através de extranets de clientes que eram atualziadas manualmente. Mas, alterar o html à mão toda vez que um projeto precisava ser atualizado simplesmente não estava funcionando. Esses sites de projetos sempre pareciam ficar obsoletos e eventualmente eram abandonados. Era frustrante porque ficava desorganizado e os clientes no escuro.
Então, a alternativa era procurar outras opções. No entanto, todas as ferramentas disponíveis ou 1) não faziam o que era preciso ou 2) estavam saturadas de recursos desnecessários — como faturamento, controles de acesso rigorosos, gráficos, etc. Tinha que haver uma maneira melhor, então a solução foi construir a nossa própria.
Quando você resolve o seu próprio problema, cria uma ferramenta pela qual é apaixonado. E a paixão é a chave. Paixão significa que você realmente usará e se importará com ela. E essa é a melhor maneira de fazer os outros se sentirem apaixonados por ela também.
Coçando a própria coceira
O mundo Open Source adotou esse mantra há muito tempo — eles chamam isso de "coçar a própria coceira". Para os desenvolvedores de código aberto, isso significa que eles obtêm as ferramentas que desejam, entregues da maneira que querem. Mas o benefício vai muito além.
Como designer ou desenvolvedor de uma nova aplicação, você enfrenta centenas de microdecisões todos os dias: azul ou verde? Uma mesa ou duas? Estático ou dinâmico? Abortar ou recuperar? Como tomamos essas decisões? Se é algo que reconhecemos como importante, podemos perguntar. O resto, adivinhamos. E toda essa adivinhação acumula uma espécie de dívida em nossas aplicações — uma teia interconectada de suposições.
Como desenvolvedor, eu odeio isso. O conhecimento de todas essas pequenas bombas-relógio nas aplicações que escrevo adiciona ao meu estresse. Desenvolvedores de código aberto, coçando suas próprias coceiras, não sofrem com isso. Porque eles são seus próprios usuários, eles sabem as respostas corretas para 90% das decisões que têm que tomar. Eu acho que essa é uma das razões pelas quais as pessoas voltam para casa depois de um dia duro de codificação e então trabalham em código aberto: É relaxante.
—Dave Thomas, The Pragmatic Programmers
Nascido da necessidade
O Campaign Monitor realmente nasceu da necessidade. Por anos ficamos frustrados com a qualidade das opções de email marketing disponíveis. Uma ferramenta faria x e y mas nunca z, a próxima tinha y e z acertados mas simplesmente não conseguia fazer x direito. Não podíamos ganhar.
Decidimos limpar nossa agenda e tentar construir nossa ferramenta dos sonhos de email marketing. Decidimos conscientemente não olhar para o que todos os outros estavam fazendo e, em vez disso, construir algo que tornasse a nossa vida e a dos nossos clientes um pouco mais fácil.
Como se viu, não éramos os únicos insatisfeitos com as opções disponíveis. Fizemos algumas modificações no software para que qualquer empresa de design pudesse usá-lo e começamos a espalhar a palavra. Em menos de seis meses, milhares de designers estavam usando o Campaign Monitor para enviar newsletters por email para si mesmos e seus clientes.
—David Greiner, fundador do Campaign Monitor
Você precisa se importar
Quando você escreve um livro, precisa ter mais do que uma história interessante. Você precisa ter o desejo de contar essa história. Você precisa estar pessoalmente investido de alguma forma. Se você vai conviver com algo por dois anos, três anos, o resto da sua vida, você precisa se importar com isso.
—Malcolm Gladwell, autor (de “A Few Thin Slices of Malcolm Gladwell”)